quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Arte Urbana

Aí vai a primeira postagem do blog!
Minha pesquisa de TCC não está lá muito definida, pelo menos não tanto quanto eu gostaria. Mas uma coisa é certa, vai ter muita coisa sobre arte urbana, grafite, cultura,estética, sensibilidade e afins ^^
Aí vai uma matéria sobre uma "liberação" de grafites na cidade de São Paulo, após a lei da Cidade Limpa e da lei que classifica o grafite como arte(desde que feito com autorização - mas isso fica para outra postagem...)há muita coisa para discutir, muitos prós e contras, mas tudo depende de muita coisa. Aí vai:

São Paulo libera grafites patrocinados

Matéria retirada de: http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u960855.shtml
Folha de S.Paulo
Laterais de edifícios paulistanos que, antes da Lei Cidade Limpa, de 2007, abrigavam anúncios publicitários gigantes, estão sendo agora liberadas pela prefeitura para grafiteiros e muralistas.
A fim de tentar viabilizar economicamente os trabalhos, a cidade abrirá uma brecha na legislação que baniu outdoors e regulou a publicidade externa: a empresa que pagar por uma obra poderá ter a marca exposta de forma discreta no prédio.
Há outra possibilidade de propaganda: o painel poderá fazer menção indireta ao produto do patrocinador, mas não pode ser o tema da obra.
Artistas dizem que um mural de grandes dimensões custa de R$ 20 mil a R$ 70 mil em tintas e equipamentos.
Experiência
O projeto-piloto foi feito com um grafite de Osgemeos em um edifício do vale do Anhangabaú, no centro.
A obra, patrocinada pelo Sesc, foi aprovada em 2009 em caráter provisório. Por fim, decidiu-se que ela poderia continuar no local até a demolição do prédio, que deve ocorrer ainda neste ano.
A partir dessa experiência, a SPUrbanismo, da prefeitura, decidiu que as obras poderão ser aprovadas em caráter permanente. Duas já podem ser vistas nas avenidas Tiradentes e Prestes Maia, também na região central.
A primeira é um mural de Eduardo Kobra, em preto e branco, que retrata uma cena antiga da cidade. O trabalho foi patrocinado pelo Senac.
O outro mural, em estilo pop art, é de Daniel Melim. Foi patrocinado pela KLM. A empresa aérea, inclusive, abriu mão do direito de colocar publicidade no local. Preferiu usar imagens do painel para associá-lo à sua marca em redes sociais da internet.
"O ideal é que a empresa perceba que não precisa ter o nome no painel. A associação com a marca pode ser feita de outro jeito", diz Regina Monteiro, diretora de paisagem urbana da SPUrbanismo.
As intervenções terão que ser aprovadas caso a caso, mas a meta é "desburocratizar" ao máximo o processo, que deve levar dois dias.
Se a empresa quiser ter o nome na obra --o limite da propaganda é de 60 cm por 40 cm--, a autorização deverá sair em um mês, pois é preciso aval da Comissão de Proteção da Paisagem Urbana.
Espaço para todos
Segundo Regina, a prefeitura não julgará o mérito do trabalhos. "A ideia é que todas as manifestações tenham espaço na cidade.
A única restrição, segundo ela, é para obras "pesadas", com motivos "tristes", a fim de que não influenciem negativamente na paisagem.
Ana Cláudia Mei Alves de Oliveira, professora da PUC e especialista em semiótica do espaço urbano, critica a autorização para marcas colocarem seus nomes nos murais. Isso vai interferir negativamente na percepção dos painéis, afirma a professora.
Para ela, se houver excesso de murais, "uma expressão particular da sociedade pode virar poluição visual".
O grafiteiro Mundano comemorou a iniciativa da prefeitura. Um dos maiores entraves, agora que o grafite foi liberado nesses locais, é conseguir os patrocínios, diz ele.
"A tinta a gente até consegue. O mais caro são as plataformas" afirma o artista. Além disso, diz Mundano, há os condomínios, "que estavam acostumados a ganhar fortunas alugando os espaços para publicidade e chegam a pedir até R$ 10 mil".